terça-feira, 23 de abril de 2013

HISTORIA DO BRASIL..........

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SER UM PROFESSOR PESQUISADOR....


Será que professor e pesquisador são profissões diferentes? Dentro da nossa cultura educacional são sim, mas se pairássemos para analisar veremos que são profissões que se cruzam, que podem perfeitamente ser trabalhadas em conjunto, tanto um professor pode ser um pesquisador como um pesquisador pode ser um professor. 

Na nossa sociedade o professor é visto como aquele que coloca em prática o que diz os pesquisadores que seguem modelos clássicos, desconhecendo a prática da sala de aula. 

Quando um professor é também um pesquisador (vice – versa) ele agrega ao seu currículo um forte ponto positivo, pois consegue aliar prática e teoria. São vários dentre os estudiosos que defendem a interação da prática (do professor) com a teoria (do pesquisador) dentre eles destacam-se Pedro Demo, Marli André, Zeichner. Cada um defende sua idéia a partir de um ponto de vista diferente. 

Em uma visão mais tradicional o professor-pesquisador deve assumir as seguintes características: 
• Um especialista em metodologia de pesquisa. 
• Um grande conhecedor de estratégias. 
• Um grande leitor do assunto de seu estudo. 
• Uma pessoa capaz de utilizar mecanismos satisfatórios de coleta de dados. 

Com uma visão menos rígida, um professor-pesquisador deve: 
• Apresentar uma experiência prática sobre os mecanismos de ensino e aprendizagem. 
• Ter consciência sobre problemas recorrentes em sala de aula. 
• Ter poder de reflexão e questionamento. 
• Ser capaz de resolver problemas. 
• Expressar criatividade em suas ações. 

Todo professor deve experimentar em sua aula, ou seja, fazer dela um laboratório, abrindo os olhos dos seus alunos para vários processos de aprendizado.

Por Danielle de Miranda
Graduada em Matemática
Equipe Brasil Escola

Uma Reflexão sobre Historia, Vida, Afeto e Educação...



                                                  CIDADANIA, ÉTICA, AMOR , EDUCAÇÃO FAMÍLIA...
                                            A família é um tipo de comunidade, cujo núcleo é o lar.
                                           Cada um dos seus integrantes tem seus direitos e deveres.
                                           Os pais são provedores e educadores e os filhos, seus dependentes
                                            a caminho da independência.
                                            Esta é uma missão quase divina, pois os pais partem do nada para
                                            construir cidadãos do mundo. As crianças herdam dos pais a língua,
                                            o sustento, a cultura, a ética. Os pais têm um prazo para esta
                                            construção, que é curto para eles, mas longo para os filhos.

                       (IÇAMI TIBA, In: Família de Alta Performance – conceitos contemporâneos na Educação)
                                           Indubitavelmente, o uso incontrolável de drogas e a desmantelação da família têm sido apontadas, não por acaso, como as verdadeiras causas da violência e da desordem social assistidas pela humanidade nos dias de hoje.
                                          Nesse sentido, podemos dizer, sem medo de exagerar, que desses dois fatores – uso de drogas e desestruturação familiar – decorrem boa parte de  outros crimes de origem e consequências também trágicas, como os homicídios passionais, as mortes no trânsito, a pedofilia, a corrupção, etc.  Afinal, é da família, principalmente, que tiramos a base emocional que acompanhará nossos atos para o resto de nossas vidas e é com ela que aprendemos noções de certo e de errado, de ética e de cidadania.
                                           Inúmeras discussões a respeito da necessidade de maior controle do uso de drogas e da maior assistência às famílias atingidas por problemas de drogadição têm sido promovidos no mundo inteiro, por instituições públicas e privadas. A procura dos responsáveis por esse colapso humano e social tem sido realizada obstinadamente e, é claro, como a maioria dos assuntos que dizem respeito a comportamento,  muitas perguntas e poucas respostas têm sido encontradas.
                                           Afirmar que a responsabilidade pela organização familiar e pelo combate ao uso de drogas seria exclusivamente dos governos, através da edição de leis mais rígidas; ou da escola, através de projetos pedagógicos mais pontuais; ou mesmo que tudo começa na família e que seria dela esse encargo,  seria uma resposta simplista e excludente, que estaria muito longe da verdade, mais longe ainda de uma solução, ainda que paliativa.
                                           Jaime Cordeiro, um dos teóricos da educação mais lidos atualmente, lembra-nos de que é impossível fazer a separação entre educar e instruir. Tanto quanto cabe às famílias cuidar do comportamento, da moral e da ética de seus familiares, sobretudo das crianças e dos adolescentes, cabe também à escola, ao poder público e à sociedade esse dever.
                                           Educar e instruir, parece-nos, estão ligados, na mesma proporção, a oferecer à criança e ao jovem de hoje, adultos de amanhã, uma família que zele pela saúde e pelo bem estar físico e espiritual de seus menores, para um futuro equilibrado e longe das drogas.
                                           Nesse sentido, o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, preconiza, em seus primeiros artigos, entre outros:
                                          Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
                                          Art. 2º  Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
                                          Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
                                          Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimeto físico, mental, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
                                          Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos Direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
                                          Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
                                       a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
                                       b) precedência de atendimento nos serviçios públicos ou de relevância
                                           pública;
                                       c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
                                       d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas
                                          com a proteção infância e juventude.
                                          Ocorre, entretanto, que muitas vezes é justamente no seio das famílas, onde deveriam estar sendo introduzidos os mais importantes valores de respeito à vida, à dignidade humana e à saúde do corpo e da alma, o local onde começam os mais atrozes hábitos e os mais terríveis vícios.
                                           Na ficção literária lobatiana, o menino Pernambi, personagem de um dos contos de Monteiro Lobato, é exemplo marcante e profundamente real de criança introduzida no mundo dos vícios pelo próprio pai:
                                          […] Filho homem só tinha José Benedito, de apelido Pernambi, um passarinho desta alturinha, apesar de bem entrado nos sete anos.[...]
                                          […] O seu consolo era amimar Pernambi, que aquele ao menos logo estaria no eito, a ajudá-lo no cabo da enxada, […] Pegava, então, do menino e dava-lhe pinga. A princípio com caretas que muito divertiam o pai, o engrimanço pegou lesto no vício. Bebia e fumava, muito sorna, com ares palermas de quem não é deste mundo. Também usava faca de ponta à cinta.
                                         - Homem que não bebe, não pita, não tem faca de ponta, não é homem – dizia Nunes.
                                          Nesse trecho, fica bem clara a firme intenção do pai em, deliberadamente, introduzir o filho no mundo do àlcool e do cigarro, como forma de passar os seus valores, ainda que deturpados, à cabecinha do filho, com recém sete anos de idade. O pai do menino também mostra a sua satisfação em tê-lo como alguém que, em seguida, o estaria ajudando ou, quem sabe até,  o substituindo no trabalho pesado da enxada, denotando a falta de preocupação do pai com um futuro mais promissor para o filho. E isso não acontece apenas na literatura. Todos os dias, crianças saem a trabalhar, a pedir esmolas nas ruas, a se submeter aos trabalhos mais aviltantes para, no final do dia, trazerem o sustento da famíla, assumindo, muito cedo, obrigações que, em verdade, seriam exclusivamente dos adultos, sobretudo dos pais. 
                                         Augusto Cury, em seu livro Superando o cárcere da emoção, diz que a memória da criança é como uma folha em branco, pronta para ser escrita. E que, embora aos sete anos de idade,  uma criança já tenha milhões de experiências arquivadas, a primeira impressão, o primeiro ensinamento ou conceito que ela ouve e assimila sobre um determinado assunto é o que mais impressiona a personalidade e a ela se incorpora. 
                                          Ainda segundo Augusto Cury,  o mesmo acontece com a receptividade  em relação ao uso das drogas. Aquilo que as crianças e adolescentes ouvirem e aprenderem a respeito das drogas irá construir um conceito, um significado ou uma representação psicológica das drogas em suas personalidades que, positivo ou negativo,  muito dificilmente poderá ser apagado. 
                                          E o uso de drogas e a desetruturação da família trazem consequências não só para o indivíduo usuário de drogas, mas para todo o grupo que está em seu entorno, que acabam vitimizados por  uma série de delitos que vão desde comportamentos disciplinarmente e eticamente reprováveis, como é o caso exemplificado abaixo, até os crimes mais bárbaros, juridicamente puníveis. 
                                           Foi assim que o menininho Pernambi, de apenas sete anos, além de introduzido no álcool e no tabaco, rapidamente intuiu, com a inconsequência de quem tem tão pouca idade, que poderia cometer igualmente outras transgressões, permitidas “a quem fosse homem de verdade”, passando a agir com a liberdade que o fato de ser um “iniciado” nas drogas lhe concedia: 
                                          E cônscio de que já era homem, o piriquinha batia nas irmãs, cuspilhava de esguicho, dizia nomes à mãe, além de muitas outras coisas próprias de homem.[...]                                         
                                           Como diz Gabriel Chalita, em A solução está no afeto, na vida familiar  é que acontece o primeiro contato do cidadão com o mundo. O exemplo materno e o paterno, a alimentação, as informações recebidas do mundo externo, os medos, as ambições. E esse processo, ainda segundo Chalita, continua por toda a vida. 
                                            No caso de Pernambi, foi o exemplo paterno ou, melhor dizendo, a exigência paterna que o fez viciado e perverso. Bebia, fumava, maltratava e desrespeitava mãe e irmãs. Tudo com o consentimento e a aprovação do pai, que, através da bebida e do cigarro, o ensinava a “ser homem”. E, infelizmente, essa é a realidade de muitas famílas pelo mundo inteiro. Vítimas do tráfico de drogas e da desorganização familiar, cedo são introduzidas no submundo do crime pelos próprios parentes ou pessoas próximas. 
                                            A consequência, invariavelmente, tem sido a tragédia familiar e social. Pais matando filhos. Filhos matando pais, avós, amigos. Motoristas alcoolizados  matando inocentes em acidentes de trânsito. Crianças sendo recrutadas pelo tráfico de drogas, sendo perdidas para a prostituição infantil. 
                                            No conto de Monteiro Lobato, a criança, então já viciada em álcool e a pedido do próprio pai, embriaga-se junto: 
                                          Afinal, veio a desgraça. […]
                                         [...] Sorveu um gole e:
                                          - Pernambizinho; vem cá. Bebe com teu pai, meu filho.
                                         O menino não esperou novo convite: bebeu um, dois e três goles, estalando a língua. O resto da garrafa soverteu-se no bucho do caboclo. 
                                       Em solidariedade à situação do pai, um fracassado na vida e na profissão, o menino bebe junto, até ficar completamente bêbado. Note-se que, como já foi dito,  é o próprio pai que pede para o menino beber e, despreocupadamente, deita-se ao sol para dormir, não se importando com a bebedeira do filho de apenas sete anos:                               
                                       Mal tonteado pelos aflúvios do álcool, o menino banzou um bocado por ali e depois saiu. Nunes estirou-se ao sol para dormir.
                                          Transcorrida uma hora o bêbado acordou, relanceou em torno os olhos mortiços:
                                              - Quedele Pernambi ? - disse às filhas […]
                                              As meninas não sabiam do irmão.

                                             Na verdade, nessas situações, os pais mostram não serem responsáveis nem por eles próprios, muito menos pelos filhos. Monteiro Lobato traduz muito bem a situação deplorável do pai do menino: 
                                               - Chamem Pernambi – engrolou o bêbado, recaindo em cochilo.
                                              Uma das pequenas saiu no encalço do menino.                                             
                                               Os olhos de Nunes a custo se abriam; sua cabeça oscilava, como se lhe houvessem desossado o pescoço. Da boca escorria-lhe baba, e molhadas nela as palavras vinham vagas, mal atadas. 
                                                Assim como na vida real, também no conto de Monteiro Lobato, após o uso reiterado de drogas,  a irresponsabilidade do pai em convidar o próprio filho de sete anos para compartilhar a  desgraça de ser um fracassado, bebendo junto com ele, vem a tragédia. E essa tragédia é familiar, é social, é de todos. Não só do pai irresponsável e da criança vitimizada: 
                                                Súbito, um grito lancinante ao longe alvorotou a casa.
                                                Silêncio trágico.
                                                 Depois novos gritos – gritos em coro –, gritos de desespero.
                                                  - Coitadinho do meu filho! - uivava lá longe a mãe.
                                                  Nunes soergue-se, amparado ao portal.
                                                  - Que é isso? Grunhe.
                                                  Para lá segue o bêbado, cambaleante.
                                                   Arrostando com o marido, a pobre mãe fuzila nos olhos um raio de cólera incoercível.
                                                   - O que é? É tua obra, cachaceiro do inferno! É tua pinga, homem à toa, esterco imundo! Vá ver, vá ver, vá ver, desgraçado!...
                                                   Nunes alcança o monjolo com dificuldade. E topa com um quadro horrendo. No meio das filhas em grita, o corpinho magro de Pernambi de borco no pilão. Para fora, pendentes, duas pernas franzinas – e o monjolo impassível, a subir e a descer, pilando uma pasta vermelha de farinha, miolos e pelanca...
                                                    Cena lúgubre foi aquela! Entre rugidos de cólera o louco arremessava golpes tremendos contra o engenho assassino. Longo tempo durou o duelo trágico da demência contra a matéria bruta. Por fim, quando o monjolo maldito era já um monte escavado de peças em desmantelo, o mísero caboclo tombou por terra, arquejante, abraçado ao corpo inerte do filho. Instintivamente sua mão trêmula apalpava o fundo do pilão em procura da cabecinha que faltava.
                                                     É desta forma que Monteiro Lobato termina o conto: o pai procura, no monjolo de triturar  milho, restos do corpo do filho que ele ensinou a beber, para ser um homem de verdade.
                                                   Quantos corpos ou restos de corpos de crianças, vítimas de maus tratos, são encontrados, por dia,  em todo o mundo ? Monteiro Lobato, em 1915, já antevia a resposta. 
Direito, Literatura e Educação: a drogadição infantil provocada pelos pais, em “A vingança da Peroba”, conto de Monteiro Lobato
                                                                                                        Márcia Belzareno dos Santos 

Bibliografia:
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo:Editora Gente, 2004
CORDEIRO, Jaime. Didática. São Paulo:Editora Contexto, 2010
CURY, Augusto. Superando o cárcere da emoção. São Paulo: Editora Plabneta do Brasil, 2006
LOBATO, Monteiro. A vingança da Peroba. In: Urupês. São Paulo:Editora Globo, 2008
TAVARES, José de Farias. Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Rio De Janeiro: Forense, 2002
TIBA, Içami. Família de alta performance – conceitos contemporâneos na educação. São paulo: Integrare Editora, 2009


O que ser Historiadora para Mim?...


  Em uma Introdução à Teoria pude compreender que os principais pontos da Teoria que estudamos são os questionamentos e a inclusão de objetos de pesquisa que anteriormente pareciam desnecessários para a construção do conhecimento histórico. A busca por novas questões é uma tentativa investigativa da história e é também a busca pelo conhecimento histórico que se manifesta em resultados multiformes. As questões do alicerce são: O que é história? Será possível responder com uma certeza segura o que é história? Quem produz essa história? Já citaram grandes homens, e, os afirmaram como atores importantes construtores da história. Será isso de fato verdade? O que é ser historiador? O historiador produz história? Será esse o real ofício do historiador? Afinal, qual o papel dos homens e o papel do historiador na história?
Bem, as teorias afirmam idéias e posições em pensamentos diferentes acerca da História. O Positivismo defende o método formulado por Auguste Comte, onde a história é indiscutível e determinada através de documentos originais que por si só definem a história. Já a Escola dos Annales criada por Marc Bloch Lucien Febvre  parte com uma análise diferente do passado, onde expõem novas abordagens acerca da história. Os annales trazem o conceito de história como questão, ou seja, a história como problema, de maneira que possa ser analisada, discutida e modificada de acordo com as novas propostas sugeridas. Bloch afirma: a história é a ciência dos homens no tempo , está claro que o próprio homem que atua no tempo, melhor dizendo, no seu tempo, essa relação entre homem e tempo deixa exposto que o homem é um ser transitório, temporal e está sujeito a transformações. O tempo passa independentemente de nossa existência, mas de certa forma ou de forma completa o nosso existir que determina a temporalidade, pois a nossa consciência que visualisa o passar do tempo e as relações que são constituídas. Isso nos remete à individualidade, isto é, o papel, a atuação e participação de cada homem no processo histórico, mas como atuam os homens no cenário histórico?
Cada homem atua no seu mundo do seu modo, as histórias de vidas, que são as histórias que determinam o construir da história. A história tem uma história que é a historia dos homens. As relações constituem o espaço onde novas relações são sucedidas. O modo globalizante que a história envolve os homens deixa de forma bem explicita que as individualidades são mundos pertinentes a história. Ao assistir o documentário: Edifício Máster, produzido por Eduardo Coutinho; pude perceber as particularidades de cada indivíduo. O modo de cada um contar sua história de vida nos leva a entender as suas emoções, os detalhes que cada morador coloca ao discorrer sua trajetória e nos faz perceber quais os seus interesses. A infância, adolescência, juventude e maturidade de cada indivíduo percorrem caminhos diferentes de maneiras diferentes. Entender as histórias individuais é entender o homem em suas transformações. E qual o papel do historiador em todo esse processo?
Muitos pensam e entendem de maneira distorcida o papel do historiador. Bem, de fato é complicado mesmo definir qual a função do historiador. Afirma Bloch: O bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está sua caça . O historiador é um observador dos homens, incluindo a si mesmo. Ele observa os momentos e as situações que ele está inserido, analisa como o todo nas diversidades individuais e coletivas. Usando um modelo interessante para melhor observação e compreensão do papel do historiador pode-se ter de exemplo a  um trecho da letra da música do grupo Legião Urbana: Tempo Perdido, autoria de, Renato Russo. Onde ele faz uma análise da vida individual e coletiva em meio do movimento do trabalho na sociedade.
Todos os dias quando acordo Não tenho mais O tempo que passou Mas tenho muito tempo Temos todo o tempo do mundo...
Todos os dias Antes de dormir Lembro e    esqueço Como foi o dia Sempre em frente Não temos tempo a perder...
Nosso suor sagrado É bem mais belo Que esse sangue amargo E tão sério E Selvagem! Selvagem!Selvagem!...
Veja o solDessa manhã tão cinzaA tempestade que chegaÉ da cor dos teus olhosCastanhos...
Então me abraça forte E diz mais uma vez Que já estamos Distantes de tudo que a  observação feita pelo autor da música foi de boa precisão, a análise das relações sociais influindo na historia de vida individual é o que define as ligações múltiplas e sistemáticas, além afirmar a história como ciência de relações sociais mostra que o real sentido da história é a história dos homens em suas particularidades, relações, amores, sonhos, desejos, medos, constrangimentos, objetivos etc.
   O oficio de historiador nos remete a tentar compreender e não julgar os fatos. Cabe-nos então tentar relacionar os objetos de uma forma dialética considerando a totalidade e tendo em mente que também somos objeto nesse processo. Há também necessidade do historiador em usar a escrita e documentos como vestígios, para facilitar a análise no ofício de historiador. É de extrema importância entender que a analise crítica é feita através de questionamentos trazendo em pauta novas questões onde o debate produz conhecimento histórico. O homem é o ser que movimenta, monta e desmonta, constrói e desconstrói, logo não há história fixa, então é necessário entender que todos os homens produzem história.