quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A Expansão da Sociedade Liberal

               Em todos os campos da industria , não se constata a diminuição do número total de pequenos negócios... mas a independência econômica de muitos tipos de pequenos negócios que se esfaceia diante do capitalismo organizado.
O pequeno produtor ainda sobrevive em grande número na agricultura... mas o pequeno fazendeiro torna-se mais e mais dependente do crédito.
A critica ao liberalismo admite agora que a livre empresa e, mais ainda, a livre concorrência não constitui um ideal autêntico, uma vez que é posta em dúvida a própria eficácia do mercado como mecanismo auto-regulador. Isso se deve ás crises, especialmente as de superprodução, as quais levam os empresários a convicção de que a     ordem econômica existente necessita de certas correlações...Começa então a admitir que cabe ao produtor uma certa capacidade, diríamos mesmo um certo direito, de intervir no mecanismo dos preços, a fim de controlá-los e impedir que baixem a tal níve l que as mercadorias deixem de oferecer lucro quando vendidas. Estamos aí, evidentemente, bem distanciados do ideal primitivo, isto é, da "igualdade" entre o produtor e o consumidor face as condições ditadas pelo mercado.
Intervir torna-se a ordem do dia. Intervir, porém, ao nível da iniciativa privada sem apelar para o Estado, daí a busca de entendimento entre os produtores, facilitado pela nova estrutura das empresas . É assim que iremos ter os vários tipos de concentração e integração geralmente conhecidos como ententes, consór).cios,cartéis, trustes e holding.
( HOBSON, p 212) e , HEATON, H. História économíque de IEurope,Paris.

Pesquisando a vida, a natureza e a história

Estudar história é compreender as diversas formas que a vida se apresenta junto a natureza.
Paulo Freire,guardou da sua infância lembranças fortes que o acompanharam por toda a vida e que, relata em várias de suas obras. “Minha alfabetização”, declarou à Revista Nova
Escola, em dezembro de 1994, “não me foi nada enfadonha, porque partiu de palavras e
frases ligadas à minha experiência, escritas com gravetos no chão de terra do quintal”.
De modo ainda mais incisivo, escreveu em A importância do ato de ler (Freire, P. 1982
p.16): “Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras,
com palavras do meu mundo, não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu
quadro-negro; gravetos, o meu giz.” E em Sobre Educação, V. 1 (Freire, P. e Guimarães,S. 1982 p.14-15): “Você veja como isso me marcou, anos depois. Já homem, eu proponho
isso! Ao nível da alfabetização de adultos, por exemplo.”
Na mesma entrevista à Nova Escola (parcialmente transcrita em Paulo Freire,
uma biobibliografia. p.30), Paulo fala com ternura de Eunice Vasconcelos, sua primeira
professora: “jovenzinha de seus 16, 17 anos (...) ela me fez o primeiro chamamento com
relação a uma indiscutível amorosidade que eu tenho hoje, e desde há muito tempo, pelos
problemas da linguagem e os da linguagem brasileira, a chamada língua portuguesa do
Brasil.”