terça-feira, 20 de novembro de 2012

Algumas Análises sobre a conjuntura brasileira


Por Wladimir Pomar – 13/11/12
Há algumas análises sobre a presente conjuntura no Brasil, na América Latina e no mundo, para as quais haveria atualmente três grandes projetos em disputa. De um lado, o projeto do grande capital das corporações transnacionais, ainda hegemônico do ponto de vista econômico, ideológico, político e militar, que tenta se renovar e gerar um novo ciclo de acumulação e de controle. De outro, haveria um projeto de integração capitalista, no qual as burguesias locais procurariam desenvolver o capitalismo e realizar sua própria acumulação, mesmo em contradição com o grande capital hegemônico. Marginalmente a esses dois projetos de caráter capitalista haveria um terceiro, de cunho popular, que objetivaria reorganizar a economia de cada país no sentido de dar solução aos problemas do povo, principalmente os relacionados à fome e à falta de terra, trabalho, moradia e educação.
A primeira lacuna dessa análise reside no fato de que as conjunturas dos países centrais – Estados Unidos e Europa Ocidental – são diferentes das conjunturas dos países africanos, asiáticos e latino-americanos. Além disso, a conjuntura de cada um dos países desses blocos difere em muitos aspectos. Por exemplo, a crise norte-americana tem raízes profundas na crescente desindustrialização da sua economia, na desregulamentação quase completa do seu sistema financeiro especulativo, no monstruoso déficit fiscal do seu Estado, em grande parte decorrente das despesas em armamentos e guerras, e na crescente incapacidade da sua população em manter o emprego e a capacidade de consumo. A crise na Europa está relacionada com a política alemã e, em parte, francesa, de manter suas indústrias à custa da desindustrialização dos demais países europeus, cujas sociedades passaram a funcionar à custa de transferências financeiras, aparentemente como doações, que causaram grandes rombos fiscais nos Estados. Enquanto o governo Obama procura resolver a crise dos Estados Unidos através de políticas de incentivo industrial e de tributação das grandes fortunas, políticas emparedadas pelo Congresso, o governo alemão está forçando os países europeus quebrados a aplicarem arrochos neoliberais. Do ponto de vista político, a reação conservadora à crise nos Estados Unidos e na Europa continua se fortalecendo, inclusive com o surgimento de correntes ultradireitistas, enquanto a reação popular ainda parece não ter objetivos nem direção política claros.
As conjunturas de cada país latino-americano também diferem. Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Chile, que nunca conseguiram desenvolver uma indústria própria de porte e, em vários casos, nem mesmo uma agricultura moderna, embora possuam grandes reservas de recursos naturais, se veem às voltas com a necessidade de industrializar-se, até mesmo para explorar melhor alguns desses recursos, além de enfrentarem classes dominantes muito reacionárias. A Argentina e o Brasil, que já tiveram uma indústria desenvolvida, praticamente quebrada pelo período neoliberal, se encontram diante da necessidade de reconstruir suas indústrias nacionais, tendo como eixo a nova revolução científica e tecnológica e o fato de que a maior parte do parque industrial, que restou da destruição neoliberal, se encontra monopolizada por corporações transnacionais. E ambos também enfrentam a crescente concentração agrária, voltada para o mercado internacional, paralelamente a um constante processo de expropriação das economias agrícolas familiares, responsáveis pela produção para o mercado interno e, portanto, pela seguridade alimentar de suas sociedades.
Paradoxalmente, a quebradeira neoliberal na América Latina, que atingiu também os Estados de cada país, rachou as classes dominantes e as burguesias locais, permitindo a surpreendente vitória eleitoral de partidos de esquerda, em geral em coligação com partidos de centro e centro-direita, e o estabelecimento de governos de coalizão. Esses governo se veem, em geral, obrigados a resolver não só os problemas imediatos de profunda miséria e pobreza, analfabetismo real e funcional, desemprego, ausência de assistência médica etc etc, mas também os problemas estruturais relacionadas com o desenvolvimento da infraestrutura econômica e da indústria, reforma agrária, reforma política etc etc. O problema desses governos é que eles não possuem coesão, nem força política, e nem apoio social firme, para realizar as reformas estruturais, além de enfrentarem resistências diversas para resolver os problemas imediatos, inclusive dentro dos próprios partidos tidos como de esquerda. A grande fase de descenso das mobilizações sociais nesses países parece continuar, embora haja pequenos indícios de que algo se move no sentido de sair da estagnação. Porém, não há certeza de que isso se torne uma realidade a curto prazo.
Se olharmos as coisas com realismo, talvez tenhamos que reconhecer que, com exceção da Ásia, tanto os capitalismos desenvolvidos norte-americano e europeu, quanto os capitalismos em desenvolvimento na América Latina e na África, assim como os movimentos populares em quase todo o mundo, atravessam a presente conjuntura debatendo-se para sair das crises, grandes e pequenas, em que foram jogados. Seus projetos não são claros, seja para o futuro imediato, seja para o futuro de mais longo prazo. No caso dos movimentos sociais, alguns acham que podemos lutar pelo socialismo sem passar pelas dores do desenvolvimento das forças produtivas capitalistas, parecendo retomar do início uma discussão da socialdemocracia operária do final do século 19 e começo do século 20. Outros acham que desenvolver as forças produtivas significa apenas desenvolver os meios de produção, a tecnologia e a capacidade de produção. Esquecem que, para um projeto popular, o aspecto mais importante do desenvolvimento das forças produtivas consiste no crescimento da força social da classe dos trabalhadores assalariados e de sua luta econômica, social e política. Em outras palavras, já deveria estar suficientemente claro que um projeto popular, para se cristalizar no mundo atual, seja nos países desenvolvidos, seja nos países em desenvolvimento, precisa ter o capitalismo como contraponto.
No caso brasileiro, como no caso de alguns outros países latinos americanos, africanos e asiáticos em que vigora o capitalismo, e nos quais a esquerda se tornou governo, ou parte importante de governos de coalizão, sem que existam fortes mobilizações reformistas e / ou revolucionárias, a situação é ainda mais complexa. Esses governos precisam ter como eixo de sua ação o revigoramento quantitativo e qualitativo da classe dos trabalhadores assalariados, o que só pode ser feito se houver o crescimento do capitalismo, em especial do capitalismo intensivo em trabalho.
A engenharia política, social e econômica necessária para isso passa por planos de desenvolvimento e investimento que saibam combinar adequadamente o crescimento de indústrias intensivas em capital, ou em ciências e tecnologias, e de indústrias que empreguem tecnologias tradicionais, mas empreguem muitos trabalhadores. Portanto, paradoxalmente, projetos populares nesses países não podem abdicar de tratar dessa questão. Mesmo porque, não passa de ilusão supor que haverá uma retomada dos movimentos populares de massa sem ter como suporte um poderoso contingente de trabalhadores assalariados.
Fonte: Correio da Cidadania

sábado, 17 de novembro de 2012

A Ditadura Militar no Brasil


Introdução 
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
O golpe militar de 1964
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.

Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.

Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.

O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.
GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967) 
Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária. 
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.
O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.
GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. 
Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar.
A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.
história do brasil - ditadura militar Passeata contra a ditadura militar no Brasil   
GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). 
Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.
GOVERNO MEDICI (1969-1974)
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.
Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.

O Milagre Econômico
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos doBrasil.
GOVERNO GEISEL (1974-1979)
Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.

Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.
Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.
GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) 
A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.
Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).
A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.  


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Como podemos transformar a nossa História e Avançar?

Não desista nunca: a história da Embraer por Ozires Silva [Day1]
A aviação brasileira atualmente é referência no mundo todo e, se tem de agradecer a uma pessoa, Ozires Silva é o responsável. O empreendedor que foi um dos fundadores da Embraer, referência para qualquer um que vê obstáculos em seu caminho, garante que não basta sonhar grande, tem que sonhar enorme e acreditar sempre, pois auqeles que não desistiram e continuaram avançando, jamais foram alcançados.
http://www.endeavor.org.br/

O Paraíso Europeu


Europa: Trabalhadores de 20 países saem às ruas

GreveGeral-tpGREVE GERAL Trabalhadores europeus cruzam os braços no 14N, nessa quarta (14), em manifestações em 20 países contra medidas de austeridade econômica.

Base Comunitária do Território da Paz Santa Tereza.



    Como esta sendo citado no texto abaixo, uma das alternativas em busca de atendimento , de espraiar a ajuda a esta população, mas também de levar alternativas, para que todos que juntos consigam realizar suas caminhadas superando as dificuldades e a cultura da violência pela busca de novos horizontes e possibilidades de formação e  conscientização não só para as mulheres em si, mas para todos os sujeitos que encontram-se comprometidos com um projeto de inclusão social e de valorização ao ser humano.
Precisamos destes espaços e também de ocupar mais locais que estão por ai sendo desperdiçados para levar nossos projetos apresentando a estes os recursos que irão amparar e ainda conscientizar um número de muitos outros que por ventura ainda não estão inseridos ou desconhecem estes temas por falta de espaços e divulgação.

SPM comemora a inauguração da base comunitária do Território da Paz no bairro Santa Tereza


A secretária de Políticas para as Mulheres do RS (SPM/RS), Márcia Santana, e a sua equipe participaram hoje (13) pela manhã da inauguração da Base Comunitária do Território da Paz Santa Tereza. O prédio onde funcionava a Associação de Moradores da Vila Nossa Senhora do Brasil agora abriga também o policiamento comunitário. O Governador do Estado Tarso Genro realizou a cerimônia oficial de inauguração.Durante o dia a equipe da SPM/RS estará com stand localizado na Escola Estadual Ensino Fundamental Professor Afonso Guerreiro Lima, para divulgar às mulheres e famílias da comunidade do bairro Santa Terza os serviços do Centro Estadual de Referência da Mulher Vânia Araújo Machado e da Escuta Lilás, além de distribuir cartilhas da Lei Maria da Penha.

http://www.spm.rs.gov.br/

domingo, 14 de outubro de 2012

As causas da queda do Muro de Berlim...


A queda do Muro de Berlim. Reflexões vinte anos depois


Lenina Pomeranz
Professora associada, livre-docente da FEA-USP, pesquisadora visitante do IEA-USP e membro do Conselho Acadêmico do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional do Instituto de Relações Internacionais da USP.


A queda do Muro de Berlim ocorreu há vinte anos, cercada de simbolismos; mas, a não ser por vozes isoladas, não se questiona o que veio depois dela.
O primeiro desses simbolismos está associado à ideia de liberdade. Caído o muro, não só se reuniriam as famílias alemãs, por ele arbitrariamente separadas, mas se teriam eliminado ao mesmo tempo todos os obstáculos à livre circulação das pessoas, dando aos homens a possibilidade de ir e vir quando lhes aprouvesse. O muro, entretanto, representando a falta de liberdade própria dos regimes do socialismo real, deixou de ser associado a esses regimes para tornar-se, atualmente, objeto concreto e virtual da discriminação resultante das desigualdades sociais, da separação dos pobres e deserdados do mundo capitalista. Temos muros de concreto separando os palestinos que buscam trabalho em Israel, mexicanos que buscam trabalho nos EUA e brasileiros favelados no Rio de Janeiro que expandem seus barracos. Os argumentos são variados - terrorismo, narcotráfico, meio ambiente -, mas, conquanto possam expressar problemas efetivamente existentes, objetivamente os muros barram pessoas que buscam uma vida melhor na parte desenvolvida do planeta. Não menos obstáculo à liberdade de ir e vir são a política anti-imigratória da União Europeia, que deporta africanos que arriscam suas vidas para ali aportar, e as veladas restrições ao movimento dos emigrantes dos países do Leste Europeu, recém-ingressados na comunidade europeia. São os muros virtuais.
O segundo simbolismo está associado ao fim do socialismo real, ao que seria uma vitória do capitalismo sobre o socialismo, no que se convencionou chamar, durante o período Khrushev na URSS, de concorrência pacífica entre os dois sistemas. Convenção, naturalmente, porque essa concorrência não foi nada pacífica, desde o surgimento do Estado socialista. De todo modo, a queda do muro representou de fato, e não só simbolicamente, o marco inicial da derrocada do sistema do socialismo real, podendo ser incluída na avalanche que se abateu no Leste Europeu no final da década de 80, e à qual se sucedeu o desmoronamento da URSS, em dezembro de 1991.
São ainda bastante controvertidas as discussões sobre o porquê de a experiência de construção de um sistema alternativo ao capitalismo ter terminado, depois de décadas de funcionamento. E não propriamente nos países europeus do Leste, onde sua implantação se deu, de forma impositiva, como resultado da Segunda Guerra Mundial, mas na URSS, onde sua implantação se deu como resultado da Revolução de Outubro e cujo modelo foi reproduzido nos referidos países. Há que se fazer, nesse sentido, considerações e reflexões sobre o tema, sem que elas sejam reduzidas de maneira simplista aos embates da Guerra Fria. O colapso do socialismo real precisa ser entendido em sua complexidade, envolvendo fatores relacionados com sua configuração e seu modo de funcionamento, mas também com fatores externos, relacionados com a oposição à sua existência e à sua influência sobre o resto da humanidade.

Veja através deste link e discuta esta ideia...

http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0103-99892010000100003&script=sci_arttext

http://www.youtube.com/watch?v=efT09LZKyss

http://www.youtube.com/watch?v=3-7UeIUSdIo

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Girondinos e Jacobinos


O Grupo dos Girondinos e Jacobinos tiveram seu inicio na história e na Revolução Francesa:
Eram chamados de Girondinos, um determinado grupo político, os "moderados". Que eram chefiados por Jacques -Pierre Brissoi( 1754-1793), período que marca a Revolução Francesa.  Os Jacobinos, que eram liderados por Robespierre e Cordeliers ( por Danton), que era o Terceiro Estado,. Estes ocupavam  o lado direito da Assembléia. O Clero ocupava o Primeiro Estado . E , a Aristocracia, era o Segundo Estado. Estes defendiam uma Monarquia Constitucional  que se enfraqueciam politicamente com a tentativa de fuga de Louis XVI,. A conotação politica da formação de Esquerda e Direita provém desta divisão inicial da Assembléia Nacional Francesa. Portanto, os Girondinos, formavam seus   quadros representativos através da alta , da média e da baixa burguesia...  
Com a  República , a Assembléia teve que se dividir entre montanheses , que constituíam " Lá Montagne", eram assim chamados por que ocupavam as altas posições do plenário... Enquanto, que os girondinos e outros grupos ocupavam as partes baixas, denominadas de "peuple" de marais, ( o povo dos pântanos), ...
Existia um clima dominado pela guerra civil, Robespierre com apoio de La Montagne e dos Sans- Culpttes, que eram os proletários paririenses, que instituía o regime do terror, período que foi caracterizado por processos sumários de condenação a morte na guilhotina, envolvendo nestes cenários personalidades politicas opostas aos jacobinos , quais culminavam na eliminação dos lideres girondinos em 1793.
Os Girondinos, formavam os deputados que existiam em um departamento do interior da França, a Gironda, área próspera da costa atlântica   que era mantida  pela representação dos interesses comerciais e na visão de mundo formado pela burguesia ilustrada, quis oscilavam entre a monarquia constitucional e a república.
Essa posição de conciliação com a  monarquia que levou-os  a perdição no momento que a França foi invadida e encontraram os documentos que comprometiam as ações do rei.

Os mais representativos destes grupos era o deputado Brissot e o Roland, Ministro, em cujas ambientes, no salão da mme, Roland, reunia-se  a  sua elite para discutir e curtirem.


assista estes vídeo e compreenda como podemos ensinar nossos alunos, a História  e seus diversos contextos de forma dinâmica e criativa...

http://www.youtube.com/watch?v=c7c-hqKidgM