segunda-feira, 11 de março de 2013

Marta Suplecy fala que o RS destaca-se na área cultural...


 Marta Suplicy  no RS... 

Do G1 RS
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A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse nesta quarta-feira (6) que o Rio Grande do Sul e a cidade de Porto Alegre se destacam em assuntos culturais. Ela visita o estado para apresentar o programa vale-cultura, sancionado em dezembro de 2012 pela presidente Dilma Rousseff, e que prevê que trabalhadores contratados em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) que recebem até cinco salários mínimos (R$ 3.390 mil) recebam um vale mensal de R$ 50 para gastar em eventos ou produtos culturais.
"Aqui vocês estão na frente, fiquei muito satisfeita ontem (terça, 5). Visitei o prefeito (José) Fortunati, e a prefeitura já aderiu ao sistema nacional de cultura, onde é possível passar recurso para a cidade de forma mais tranquila. E o governador Tarso Genro, ontem, no Palácio (Piratini), entregou o Plano Estadual de Cultura, que vai ser transformado em Projeto de Lei", destacou a ministra durante entrevista ao programa Bom Dia Rio Grande, da RBS TV (veja o vídeo acima).
O Plano Estadual da Cultura, citado por Marta Suplicy, estará disponível a partir do dia 18 de março até 30 de abril no Gabinete Digital, conforme informa o governo. A ferramenta receberá contribuições e sugestões relativas ao texto, que estabelece as diretrizes e ações para o desenvolvimento da cultura no estado até 2023. O PL foi assinado na presença da ministra.
O evento no Palácio Piratini também marcou o lançamento do Mapa Digital RS, uma plataforma colaborativa com o catálogo de bibliotecas e museus presentes em território gaúcho. O projeto funcionará como serviço de utilidade pública a cidadãos e turistas, além de permitir a construção colaborativa de uma cartografia completa das diferentes matizes culturais do estado. O formulário para postar informações de cultura já pode ser preenchido no endereço www.cultura.rs.gov.br/mapa.
"É muito bom, porque muda a prefeitura, muda o governo, e o RS tem um sistema nacional de cultura, que é tão importante como foi o SUS para a Saúde, já que funciona para uma forma de repasse muito melhor", comparou.
Segundo a ministra, o Rio Grande do Sul possui, em potencial, 800 mil trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos, "o que dá acesso a uma profusão de produções culturais", segundo ela. O vale-cultura será um cartão magnético que poderá ser utilizado em estabelecimentos culturais como cinema, teatro, livrarias, e TV por assinatura. Este último ainda em discussão. "Na TV por assinatura a pessoa tem acesso a filmes e programas culturais interessantes, mas ao mesmo tempo não os experimentam", argumentou.
Somente receberão o benefício os empregados das empresas que aderirem ao projeto. O trabalhador terá um desconto de até 10% (R$ 5) do valor do vale. A empresa paga os R$ 45 restantes. O funcionário pode optar por não receber o valor.
A ministra afirma que os trabalhadores devem começar a receber o valor a partir do próximo mês de julho. Segundo ela, o Ministério da Cultura tem negociado com as empresas para aumentar a adesão ao projeto.
Fonte:http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/03/no-rs-marta-suplicy-diz-que-estado-se-destaca-quando-assunto-e-cultura.html

Seminário Internacional de Informação e acervo digitais...


Seminário Internacional em São Paulo

O evento vai girar em torno dos sistemas de informação e acervos digitais de Cultura
A Secretaria de Políticas Culturais (SPC) do Ministério da Cultura realizará entre os dias 11 e 13 de março, em São Paulo, o Seminário Internacional Sistemas de Informação e Acervos Digitais de Cultura. O encontro reunirá gestores públicos e privados, pesquisadores e comunidade acadêmica interessados em sistemas de informações culturais com interfaces colaborativas e arranjos de integração para acervos digitais de bibliotecas, arquivos e museus.
O objetivo do evento é  fomentar o debate técnico qualificado no tema com o intuito de impulsionar a reflexão em torno da formulação de uma política nacional para acervos digitais.
Outro objetivo do encontro é o de apresentar os resultados da parceria entre o Ministério da Cultura (MinC)  e a União Europeia, concretizada por meio do Programa de Cooperação ‘Diálogos Setoriais UE-Brasi’l, que envolveu a realização de missões técnicas a instituições europeias que trabalham com sistemas de informação ou são mantenedoras de acervos culturais e de patrimônio.
O seminário será realizado no auditório István Jancsó da Biblioteca Mindlin-USP (Brasiliana-USP), localizado na Rua da Praça do Relógio, nº 109, Cidade Universitária, na capital paulista.
A programação vai ilustrar as três dimensões envolvidas neste desafio: a dimensão técnica; a dimensão da articulação política; e a dimensão dos arranjos institucionais necessários para prover sustentabilidade aos projetos que envolvem conteúdos digitais mantidos em instituições públicas de cultura.
Os Diálogos Setoriais são uma nova dinâmica de cooperação entre a União Europeia (UE) e os países emergentes, dentre eles o Brasil. O projeto “Apoio aos Diálogos Setoriais UE-Brasil” foi lançado em 2008 e é coordenado conjuntamente pela Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e pela Delegação da União Europeia no Brasil (Delbra).
O objetivo é aprofundar a parceria estratégica entre o Brasil e a UE por meio do apoio ao intercâmbio de conhecimentos técnicos sobre temas de interesse mútuo. Assim, a Secretaria de Políticas Culturais do MinC realizou missões com a intenção de conhecer padrões de metadados utilizados mundialmente para a formação e desenvolvimento da Política de Digitalização de Acervos.
Acervos Digitais  
De acordo com a SPC, no momento em que, no âmbito da realização do Plano Nacional de Cultura, implementou-se o SNIIC, Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais, é oportuno explorar as possibilidades que plataformas digitais públicas podem oferecer para o acesso qualificado às informações culturais.
Ao abranger nesta reflexão a questão do acesso integrado aos acervos em processo de digitalização nas instituições que integram o Sistema MinC , foi criada a possibilidade de formulação de um plano nacional para acervos digitais.
Para a Secretaria de Políticas Culturais do MinC, o tema é importante para todos que se preocupam com a memória nacional (preservação), com o acesso à cultura em meio digital (democratização) e com a presença qualificada dos conteúdos do patrimônio cultural da língua portuguesa na rede mundial.
O seminário oferecerá reflexão conjunta sobre os novos elementos técnicos inseridos no campo e como tais elementos podem se tornar objeto de novas iniciativas de cooperação.
Mais informações:  culturadigital@cultura.gov.br ou pelo telefone (61) 2024-2230.
Acesse aqui o blog do seminário.
Entre  aqui  e faça a sua inscrição.
Veja a programação
(Texto: SPC/MinC)
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06 de março de 2013

Ministra Marta em Porto Alegre

Prefeito de Porto Alegre e ministra discutem apoio ao Carnaval
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, visitou nesta terça-feira (5) o prefeito José Fortunati. No encontro, o prefeito apresentou à ministra o projeto da nova estrutura do Complexo Cultural Porto Seco, que será, além de um sambódromo, um espaço para o atendimento da população da zona norte da cidade.
“Queremos iniciar o debate com o Ministério da Cultura para incluir o projeto nos planos do governo federal. Não será apenas um espaço para o samba, será uma área de cultura, de lazer e de serviços que vai suprir grande parte da demanda daquela região e receber grandes eventos culturais de Porto Alegre”, disse Fortunati.
A ministra elogiou a iniciativa. “Fiquei impressionada com a força do Carnaval em Porto Alegre! Nós temos no Ministério da Cultura uma série de programas no qual podemos incluir esse projeto do sambódromo. Uma das possibilidades seria destinar recursos do Fundo Nacional da Cultura, por exemplo. Com certeza vamos encontrar uma maneira dar apoio”, declarou Marta Suplicy.
Além do Carnaval, a Copa de 2014 também teve destaque na reunião. A ministra falou sobre as ações que devem ser programadas para o período dos jogos, como apresentações culturais em praças e parques e iniciativas que promovam a interatividade, como os flash mobs. “Porto Alegre está muito bem preparada. Deve ser uma cidade destaque no evento mundial. Na Copa de 2014 a gente vai bombar!”, disse Marta.
CEUs - O prefeito de Porto Alegre destacou no encontro a implantação de dois Centros de Artes e Esportes Unificados (CEUs). Até o fim do ano, o CEU da Lomba do Pinheiro deverá estar pronto. Também está prevista a implantação de um centro na Restinga.
Fortunati e a ministra conversaram ainda sobre outros programas voltados para o fomento da cultura como o Monumenta, os Editais para Criadores e Produtores Negros e linhas de crédito do BNDES para a recuperação de prédios tombados.
“Nós temos uma relação estreita e muito positiva com o governo federal que vai deixar para a cidade um legado muito importante em obras e em desenvolvimento. Eu não tenho dúvidas que nesse momento teremos o apoio necessário do Ministério da Cultura para concretizar projetos importantes para Porto Alegre”, concluiu o prefeito.
Participaram da reunião entre o prefeito e a ministra os secretários municipais da Cultura, Roque Jacoby, e do Desenvolvimento e Assuntos Especiais, Edemar Tutikian e o coordenador das manifestações populares, Joaquim Lucena. Do Ministério da Cultura estavam presentes a chefe da Representação Regional Sul, Margarete Moraes, o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes, e o secretário-substituto de Políticas Culturais, Américo Córdula.
Na chegada à prefeitura e na despedida a ministra pôde conferir mo hall do Paço Municipal uma apresentação de parte da bateria e destaques, o chamado “grupo show”, da escola de samba Bambas da Orgia, campeã do Carnaval de 2013.
(Texto: Assessoria de Imprensa da Prefeitura/Ascom MinC)
Fonte consulta:http://www.cultura.gov.br/site/acesso-a-informacao/institucional/agenda-da-autoridades/

sexta-feira, 8 de março de 2013

As conquistas femininas ao longo da História...


A história da luta da mulher

                   Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) somente 1975, o Dia Internacional da Mulher já fora proposto na virada do século XIX para o século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial, quando ocorreu a incorporação da mão de obra feminina em massa na indústria. Apesar do reconhecimento oficial, ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade.

Naquela época, as condições de trabalho, insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Como o das operárias de fábricas de vestuário e indústria têxtil, que protagonizaram uma dessas manifestações contra as más condições de trabalho e os baixos salários, em 8 de março de 1857, em Nova York (EUA).

É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações começam a tomar corpo com a exigência de melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos. Segundo dados históricos, as operárias daquela época eram submetidas a um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e assédios sexuais.

Muitas outras manifestações ocorreram nos anos subsequentes, destacando-se a de 1908, quando 15 mil mulheres marcharam sobre a cidade de Nova York exigindo a redução de horário, melhores salários e direito ao voto. Por iniciativa do Partido Socialista da América, o primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909.

No ano seguinte, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhague (Dinamarca), dirigida pela Internacional Socialista – organização global de partidos social-democratas, socialistas e trabalhistas –, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin de instituição de um dia internacional da mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada. Em 1911, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.

Poucos dias depois, 25 de março, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores – costureiras em sua a maioria. O número elevado de óbitos foi atribuído às más condições de segurança do imóvel onde a fábrica funcionava. Foi considerado como o pior incêndio da história da cidade de Nova York, até o ataque as Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001. A morte das trabalhadoras possivelmente se incorporou ao imaginário coletivo como sendo o fato que deu origem ao Dia Internacional da Mulher.

Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução de Fevereiro de 1917 – abdicação do Czar Nicolau II, entre outras ações. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, em oposição ao Czar Nicolau II da Rússia e pelo fim da participação do país na I Guerra Mundial precipitaram os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro.

Após a Revolução de Outubro – também conhecida como Revolução Bolchevique ou Revolução Vermelha, que foi a segunda fase da Revolução Russa de 1917 –, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para oficial o Dia da Mulher que, durante o período da União Soviética permaneceu numa celebração da "heroica mulher trabalhadora".

Enquanto a antiga Checoslováquia integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), esta celebração foi apoiada pelo Partido Comunista, sendo gradualmente transformado em paródia. A data, então, era usada como instrumento de propaganda do partido. Durante as últimas décadas, o dia acabou por se tornar um arremedo de si próprio. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presente barato do chefe. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente.

No Ocidente, a data foi comemorada durante as décadas de 1910 e 1920, ganhando força ao longo do movimento feminista dos anos 60. Porém, somente em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher, em homenagem às mártires que morreram no incêndio na fábrica em 1857.

Objetivo

Ao ser criada a data, não se pretendia apenas celebrar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir o preconceito e a desvalorização do sexo feminino. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito há para ser modificado nesta história.

No Brasil, considera-se o dia 24 de fevereiro de 1932 como um marco na vida de nossas mulheres. Pois, nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no Executivo e no Legislativo.

Apesar de constatarmos um avanço na consolidação dos direitos da mulher no mundo, neste início de século, ainda não se pode dizer que elas conquistaram uma posição de igualdade em relação aos homens. Estes continuam tendo maior acesso à educação e a empregos bem remunerados. A isso soma-se também a violência física e psicológica contra a mulher, fenômeno que continua a fazer parte do cotidiano da vida moderna.

    quinta-feira, 7 de março de 2013

    Declaração Universal dos Direitos Humanos...


                       A Organização das Nações Unidas constituiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem ( do ser humano: Homens, Mulheres, Crianças, Jovens e Idosos...),que, em 10 de dezembro de 1948  que logo ficou conhecida como sendo a Declaração da Humanidade, uma vez que traz no seu bojo o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações para promover o respeito aos direitos e liberdades de todas as pessoas e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, para assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva.
    Assim, os Estados membros da ONU assumiram o compromisso de adotar em suas próprias Leis os preceitos estabelecidos na Declaração da Humanidade.
    No Brasil, entretanto, mesmo antes do Documento da Humanidade ser adotado, houve mudanças significativas relativas aos direitos humanos com a então Constituição promulgada após a segunda grande guerra mundial.
    A Constituição brasileira de 1946, bastante avançada para a época, foi notadamente um avanço da democracia e das liberdades individuais do cidadão. A partir de então todos os brasileiros passaram a se amoldar à nova realidade do chamado Estado Novo.
    No seu período adaptativo da Constituição de 1946 e da premissa do Documento da Humanidade tão aplaudido e seguido pelos povos de tantas outras nações, o Brasil logo se desmistificou e caiu em contrariedade àquela nova proposta de vida  com o golpe militar de 1964.
    A partir de então, a Carta Magna vigente passou a receber uma série de emendas, descaracterizando-a. Tendo sido suspensa por seis meses através Ato Institucional e definitivamente extinta pela promulgação da Constituição de 1967. A então Constituição repressora significou um retrocesso nos direitos civis e políticos dos brasileiros. Aquela Carta centralizou e concentrou as principais decisões no Poder Executivo, conferindo ao mesmo dentre muitos, o poder de legislar em matéria de segurança pública e até estabeleceu a pena de morte para crimes de segurança nacional. Estava desfeito o Estado Novo e entraria em vigor o Autoritarismo Militar.
    A Ditadura Militar assolou o país por mais de duas décadas e ali a Declaração da Humanidade foi totalmente rasgada. Os direitos humanos foram transgredidos e desrespeitados. O Estado usou os seus membros Policiais e outros componentes dos poderes como repressores àqueles que não se contentavam com o regime imposto.
    As Forças Armadas adotaram o conceito de repressão. Repressão essa na mais dura expressão da palavra, no seu aspecto pejorativo, tratando o cidadão brasileiro de forma indigna e desumana.  A tortura, a mutilação, a morte ou desaparecimento de opositores ao regime do Governo ditatorial fizeram a história desta página negra do nosso País.
    Com a Constituição de 1988, houve a consolidação da cidadania que tinha sido estabelecida e proposta, até então, há 40 anos antes daquela data pelo Documento da Humanidade.
    Assim, a Constituição de 1988 trouxe no seu bojo a consagração dos direitos humanos. Houve a preocupação primordial na Carta Maior com o cidadão, assegurando-o, a inviolabilidade do seu direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Em decorrência desses aplaudidos preceitos a nossa Constituição em vigor ganhou o título carinhoso de Constituição cidadã.
    Da Constituição cidadã decorreu e nasceu da vontade popular a Polícia cidadã que tem por dever e obrigação privilegiar a legalidade e a dignidade da pessoa humana, sem descurar, entretanto, da sua ação pontual e de pulso firme, intervindo de forma ampla e protetora, demonstrando o compromisso do Estado para com o bem estar social. Os direitos humanos evoluíram e, a Polícia adequando-se a esta realidade também se amoldou às transformações e passou a ser além da guardiã da Lei, a defensora da sociedade e da cidadania.
    Em contra-senso as ações despropositadas, abusivas e ilegais praticadas por alguns policiais que ferem os direitos humanos por obvio e pelas  Leis devem  ser combatidas, mas quando os seus direitos também forem atacados devem de igual modo ser amplamente defendidos,  não confundidos, como ainda ocorre no nosso país em que se acham que só existem deveres e obrigações inerentes às classes policiais...


    A avaliação da aprendizagem como processo construtivo de um novo saber - fazer


    •  Aqui uma  síntese sobre os  processos pedagógicos   em  que se buscou desenvolver os pilares da aprendizagem em nossos Estabelecimentos de Ensino: As Escolas.
    O que me faz citar este texto,  é, pela prática teórica e pedagógica atual em nossas Escolas e Comunidades responsáveis  pela participação,  metodologia e os demais recursos que permite conhecer as nossas crianças e jovens nos seus diversos  processos pela busca do conhecimento e aperfeiçoamento de seus currículos voltados ao Ensino! 
    A prática da inclusão, do afeto e da reciprocidade, são itens que não podem serem descartáveis em nossas praticas e atitudes  em nossos universos escolares. Pois, o ponto chave é que:

    “O importante não ‘é fazer como se’ cada um houvesse aprendido, mas permitir a cada um aprender”.
    • Mensuração: Não distinguia avaliação e medida. Nessa fase, era preocupação dos estudiosos a elaboração de instrumentos ou testes para verificação do rendimento escolar;
    • Descrição: Essa geração surgiu em busca de melhor entendimento do objetivo da avaliação. O avaliador estava muito mais concentrado em descrever padrões e critérios. Foi nessa fase que surgiu o termo “avaliação educacional”;
    • Julgamento: Questionava os testes padronizados e o reducionismo da noção simplista de avaliação como sinônimo de medida; tinha como preocupação maior o julgamento;
    • Negociação: Nesta geração, a avaliação é um processo interativo, negociado, que se fundamenta num paradigma construtivista. É uma forma responsiva de enfocar e um modo construtivista de fazer.
    E neste contexto de historicidade é que se trabalha na compreensão de uma prática avaliativa cuja finalidade da avaliação, de acordo com a quarta geração é: fornecer, sobre o processo pedagógico, informações que permitam aos agentes escolares decidir sobre as intervenções e redirecionamentos que se fizerem necessários em face do projeto educativo, definido coletivamente, e comprometido com a garantia da aprendizagem do aluno.
    Mudar a nossa concepção se faz urgente e necessário, deslocando também a ideia da avaliação do ensino para a avaliação da aprendizagem. Perrenoud (1993) afirma que mudar a avaliação significa provavelmente mudar a escola. Automaticamente, mudar a prática da avaliação nos leva a alterar práticas habituais, criando inseguranças e angústias e este é um obstáculo que não pode ser negado, pois envolverá toda a comunidade escolar.
    A função nuclear da avaliação é colaborar para que o aluno aprende e ao professor, ensinar, determinando também quanto e em que nível os objetivos estão sendo atingidos. Para isso é necessário o uso de instrumentos e procedimentos de avaliação adequados (Libâneo, 1994).
    O valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades. Cabe ao professor desafiá-lo a superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos. (Luckesi, 1999).
    Para Hadji (2001) a passagem de uma avaliação normativa para a formativa, implica necessariamente uma modificação das práticas do professor em compreender que o aluno é, não só o ponto de partida, mas também o de chegada. Seu progresso só pode ser percebido quando comparado com ele mesmo: Como estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas questões compõem a avaliação formativa.
    É necessário que se perceba claramente que as metodologias se definem pelas intenções e formas de agir do professor. Assim, as tarefas avaliativas são instrumentos de dupla função para professores e alunos: Para o professor – elemento de reflexão sobre os conhecimentos expressos pelo aluno e elemento de reflexão sobre o sentido da sua ação pedagógica; Para o aluno – oportunidade de reorganização e expressão de conhecimentos e elemento de reflexão sobre os conhecimentos construídos e procedimentos de aprendizagem.
    Considero pertinente realçar que na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter diagnóstico.
    Acredito ser de extremo cuidado que o aluno possa ser mobilizado pelo professor a refletir sobre suas aprendizagens a partir de ações cotidianas como: comentários do professor em testes e tarefas e orientações para continuidade dos estudos; Solicitação aos alunos da narração de seus procedimentos de realização de tarefas, de estratégias de pensamento; discussão de diferentes respostas entre os estudantes; espaço para perguntas e solicitação de auxilio em temas de estudo; elaboração de exercícios, tarefas e questões pelos próprios alunos; definição de metas pessoais e coletivas de enfrentamento de dificuldades e avanços em determinadas áreas.
    O professor, que trabalha numa dinâmica interativa, cooperativa tem noção, ao longo de todo o ano, da participação efetiva e produtividade de cada aluno. Como, em geral, a avaliação formal é datada e obrigatória, é preciso que se tenha inúmeros cuidados em sua elaboração e aplicação. Em síntese:
    Como afirma Perrenoud (1999 p. 165,) “O importante não ‘é fazer como se’ cada um houvesse aprendido, mas permitir a cada um aprender”.

    Referências

    HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
    HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001
    LIBÂNEO, J.C. Didática. 15. Ed. São Paulo: Cortez, 1999.
    LUCKESI. C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed.São Paulo: Cortez, 1999.
    ___________. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002.
    PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.
    ___________.10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
    __________. Não mexam na minha avaliação! Para uma abordagem sistêmica da mudança pedagógica. In: NÓVOA, A. Avaliação em educação: novas perspectivas. Porto, Portugal: Porto Editora, 1993.

    quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013