quarta-feira, 12 de junho de 2013

A proposta em elaboração no MEC traz para o país elementos das Diretrizes Curriculares Nacionais que já estão sendo colocados em prática pelo Estado do Rio Grande do Sul na reestruturação curricular do Ensino Médio desde 2012, iniciativa considerada “corajosa” pela coordenadora do MEC.

Ensino Médio

Coordenadora do MEC confirma ações de qualificação do ensino médio


O Ministério da Educação (MEC) anuncia em 20 de junho, ao Conselho de Secretários Estaduais de Educação (Consed) a articulação de um conjunto de ações sistêmicas que têm por objetivo a qualificação do ensino médio brasileiro e a reversão de índices elevados de reprovação e abandono, que giram em torno de 22% no país. De acordo com a coordenadora de Ensino Médio na Secretaria de Educação Básica do MEC, Sandra Regina Oliveira Garcia, o Brasil tem pela frente grandes desafios. A proposta em elaboração no MEC traz para o país elementos das Diretrizes Curriculares Nacionais que já estão sendo colocados em prática pelo Estado do Rio Grande do Sul na reestruturação curricular do Ensino Médio desde 2012, iniciativa considerada “corajosa” pela coordenadora do MEC. 

Entre as ações em estudo no Ministério e que devem ser pactuadas com os secretários de Educação estão a ampliação do Programa Ensino Médio Inovador (Pro EMI), que destina recursos para a materialização de ações pedagógicas de que qualifiquem a aprendizagem, o desenvolvimento de uma base nacional de currículo, criação do PAR Ensino Médio, com destinação de recursos para qualificação de espaços escolares e equipamentos, como laboratórios e novas estratégias voltadas à formação de professores, de gestores e de funcionários de escolas. 

O assunto foi tema de reunião realizada nesta sexta-feira (7) na Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com a participação de técnicos e gestores de escolas e da Seduc, incluindo o secretário Jose Clovis de Azevedo e a secretária-adjunta Maria Eulalia Nascimento. 

Base nacional de currículo 
Sandra Garcia frisa que o Brasil precisa de uma unidade, o que não significa currículo único ou currículo mínimo a todo o país. De acordo com a coordenadora, em setembro o MEC lançará o Documento-base dos Direitos à Aprendizagem e ao Desenvolvimento dos alunos, que será a base nacional do currículo, ou seja, o que, de norte a sul do país, o aluno deve aprender. A partir deste documento, secretarias estaduais e escolas terão autonomia para definir suas matrizes curriculares. “O Brasil tem muitas diversidades, e o currículo é que precisa definir a formação de professores, a elaboração do material didático, o modo de avaliação”, explica a Doutora em Educação. 

Por que 
Dos 10,3 milhões de jovens entre 15 e 17 anos, 5,3 milhões estão no Ensino Médio, indicando que quase 50% dos jovens com idade de frequentar esta etapa da educação básica estão fora dela. Quase 30% ainda estão no Ensino Fundamental e o restante, fora da escola. No Rio Grande do Sul, cerca de 50 mil jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola.



Fonte de pesquisa:






O Portal do Professor é um espaço para troca de experiências entre professores do ensino fundamental e médio. É um ambiente virtual com recursos educacionais que facilitam e dinamizam o trabalho dos professores.

O conteúdo do portal inclui sugestões de aulas de acordo com o currículo de cada disciplina e recursos como vídeos, fotos, mapas, áudio e textos. Nele, o professor poderá preparar a aula, ficará informado sobre os cursos de capacitação oferecidos em municípios e estados e na área federal e sobre a legislação específica.

Acesse aqui   

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Elzamir


Fonte



Conselho vai estabelecer as diretrizes para reconhecimento...

O Ministério da Educação instituiu o Conselho Permanente de Reconhecimento de Saberes e Competências, que estabelecerá as diretrizes e procedimentos para a concessão do reconhecimento de saberes e competências (RSC) aos docentes da carreira do magistério do ensino básico, técnico e tecnológico. O conselho foi instituído por meio da portaria nº 491, de 10 de junho.

O reconhecimento de saberes e competências é a certificação dos professores de cursos técnicos de nível médio, da educação básica e de creches, que não necessariamente demandam cursos de mestrado e doutorado para a sua atuação profissional e terá três níveis: I, II ou III, que correspondem, na carreira, a titulação de especialização, mestrado ou doutorado, respectivamente.

De acordo com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marco Antonio de Oliveira, o conselho é resultado da negociação, ocorrida em 2012, para a reestruturação da carreira do magistério do ensino básico, técnico e tecnológico. “O RSC reconhece a experiência profissional que os professores obtiveram na atuação dentro das instituições da educação básica, técnica e tecnológica, permitindo progressão na carreira”, disse.

Os critérios para a concessão do reconhecimento definirão as competências do profissional da carreira, de acordo com a sua formação acadêmica e área de atuação na instituição. As atribuições dos professores devem contemplar atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão.

Uma vez definidos os critérios, cada professor interessado se submeterá a processo de avaliação de sua vida profissional, podendo obter o reconhecimento pleiteado, desde que cumpra com os requisitos estabelecidos em regulamento. O professor só poderá pleitear o RSC para o nível de titulação imediatamente superior ao que possui.

Podem solicitar o reconhecimento os professores dos institutos federais, Cefet’s, Colégio Pedro II, colégios militares, colégios de aplicação e escolas técnicas vinculadas às universidades federais contratados na carreira do ensino básico, técnico e tecnológico.

Diego Rocha




Informações sobre Diário Oficial Famurs e os Municípios no RS...

http://www.diariomunicipal.com.br/famurs

sexta-feira, 24 de maio de 2013

PENSAR É TRANSGREDIR...


Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos. 

Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido. 
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. 
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!" 
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação. 
Sem ter programado, a gente pára pra pensar. 
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se. 
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. 
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida. 
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar. 
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. 
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis e ganhos. 
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. 
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. 
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado. 
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. 
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. 
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for. 
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

Lya Luft