Este assunto eu encontrei em um blog, gostaria de socializar o mesmo aos demais que interessar na reflexão sobre a realidade que as Escolas se encontram e na forma como nossos alunos, pais e comunidades em diversas situações estão inseridas:
Esse é um assunto que não me canso de abordar. Afinal, o nosso interesse aqui é levantar tudo o que mantém a escola brasileira no limbo do subdesenvolvimento. Se os problemas não forem detectados, encarados e enfrentados, nada vai mudar. A mídia costuma discutir apenas a questão da qualidade do ensino, deixando de lado fenômenos extremamente graves que provocam a evasão e a exclusão de milhares de crianças e adolescentes em todo o país.
A suspensão de alunos é algo que agrada à sociedade brasileira. Mais ainda do que a suspensão, a expulsão goza de grande simpatia junto àquela parcela de cidadãos que preferem enfiar a cabeça na areia, como o avestruz, do que perceber a gravidade de atirar uma criança ou um jovem da escola para a marginalidade. A expulsão é um fenômeno contra o qual temos tido bastante êxito, pois trata-se de uma violação grave demais para passar em brancas nuvens – desde que os alunos e/ou seus pais tenham a coragem de enfrentar um tribunal de exceção e lutar contra a perseguição de certos “educadores”. Ao contrário, a suspensão de alunos, mesmo coletiva, é considerada um procedimento corriqueiro e “justo”, na suposição de que ele tenha o poder de manter a ordem e a disciplina na escola.
De nada adianta afirmar que a suspensão é ilegal, que o aluno tem o direito de acesso à sala de aula em qualquer situação e nada pode impedi-lo, seja a falta de material, de uniforme etc. A suspensão, instrumento jurássico de punição, infelizmente caiu no gosto popular. Por que será?
A quem serve a suspensão de alunos?...
Os únicos que se “beneficiam” dela são os maus profissionais da educação:
- O professor relapso, que, por exemplo, vê um cesto de lixo pegar fogo e sai tranqüilamente para dar aula em outra classe...
- O coordenador pedagógico “estressado” que costuma ralhar com o mesmo aluno toda semana e, portanto, agradece sua suspensão...
- O diretor de escola, cansado de receber esse aluno em sua sala, com queixas do professor relapso e do coordenador estressado.
A imagem do “bom” profissional da educação, no Brasil, ainda é tão antiquada quanto a idéia da necessidade da suspensão, da expulsão de alunos e da repetência, essa praga responsável pela exclusão de milhares de crianças e adolescentes. O profissional que continua no gosto popular é sisudo, autoritário, fala grosso, manda e desmanda. Em resumo, o professor, o coordenador e o diretor de escola “respeitados”, no Brasil, ainda são os que berram, suspendem, expulsam e largam o problema para outro professor, no ano seguinte. Na minha opinião, a suspensão e os demais instrumentos de punição só “servem" aos maus profissionais da educação (se é que é possível alguém conseguir se satisfazer prejudicando outra pessoa...).
CONTATO
http://educaforum.blogspot.com.br/2008/03/quem-serve-suspenso-de-alunos.
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