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A proposta de Sistema em Ciclos de Formação aparece no cenário nacional brasileiro numa tentativa de se mudar a situação do ensino-aprendizagem, tendo em vista todas as implicações e dificuldades decorrentes do sistema de seriação. A organização do ensino por ciclos, segundo PIMENTA (2001,p.6), ”não constitui uma novidade na história da educação brasileira, pois propostas de ciclo já foram objeto de vivência e experimentação nas escolas públicas em nosso País, desde as décadas de 70 e 80, sendo as mais conhecidas o ciclo básico e o bloco único.” Como se sabe, o maior objetivo dos ciclos é a diminuição dos índices de repetência e evasão escolar. Para entendermos melhor a proposta do ciclo recorremos a BARRETO (apud Pimenta e outros,2001,p.6) que diz:
“O ciclo pressupõe a ordenação dos conhecimentos (conteúdos escolares) em unidades de tempo maiores e mais flexíveis, de forma a favorecer o trabalho com clientelas de diferentes procedências, estilos e ritmos de aprendizagem, sem impedir que o professor e a escola percam de vista as exigências da aprendizagem postas para cada nível de ensino”.
“A concepção de ciclo é uma noção pedagógica vinculada à evolução da aprendizagem de cada educando e à avaliação de seus avanços e dificuldades. Contempla uma dupla preocupação: trabalhar as especificidades de cada educando e organizar mais coerentemente a continuidade da aprendizagem, tendo em vista uma perspectiva mais ampla e uma efetiva integração dos professores do mesmo ciclo.”
Assim, o ciclo de formação pretende diferenciar–se, principalmente no que diz respeito à concepção de aprendizagem. Esta se apresenta da seguinte maneira na proposta da rede Municipal de Goiânia (SME,2002,p.4,9,10) :
“(...) Por isso, quando o eixo central da proposta pedagógica da Secretaria Municipal de Goiânia é a formação integral do educando, ela só pode optar por uma forma de organizar as atividades escolares que leve em conta os diversos Ciclos de Desenvolvimento Humano porque passam os sujeitos e as diferentes fases de formação do aluno.”
“(...) O fazer pedagógico pode contribuir para a formação tanto de indivíduos unilaterais, alienados e acomodados à sua realidade, como de sujeitos omnilaterais, críticos, participativos, que interferem em sua realidade no intuito de transformá-la.
(...)Parte dos educadores desconsidera a condição de sujeito dos alunos, distancia-se de sua realidade e de suas necessidades, o que torna o espaço educacional algo monótono, que tem a disciplina como um fim em si mesma.(...)” (p.09 e 10- Ações e concepções)
A proposta parte do princípio de que o aluno é sujeito na construção de sua aprendizagem e portanto deve ser o foco de toda a atenção por parte de todos no Sistema de Ensino. E a escola deve se organizar para que o coletivo se coloque à disposição da aprendizagem do aluno com o objetivo de “criar condições para que este cresça vivenciando e partilhando experiências comuns aos de sua idade”. Nesta proposta, a aprendizagem ocorre num processo mediado pelo meio cultural , aspecto evidenciado quando enfatiza que é “importante para nossas vidas a convivência com pessoas da mesma idade, com as quais possamos partilhar, tanto as descobertas e experiências quanto os segredinhos e as brincadeiras próprias da idade.”(SME,2002,p.6)
Outra proposta de sistema organizado em Ciclos de Formação é a da Escola Plural de Minas Gerais, que de acordo com DALBEN (2000,p.59-60) assim se apresenta:............
Fonte de continuação da pesquisa
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