terça-feira, 9 de novembro de 2010

Análise da Literatura no Brasil - Padre Anchieta e a cultura do Indio

 O presente estudo tem por objetivo analisar a produção literária brasileira, destacando-se a descrição do índio e do colonizador, bem como a relação entre ambos, procurando evidenciar o possível caráter amistoso ou antagônico desta relação.
            A fim de se fazer essa análise, destacou-se cinco obras literárias que tem como figuras centrais o índio e o colonizador, quer um, outro, ou ambos. As obras são Dos Feitos de Mem de Sá, do padre jesuíta José de Anchieta; Caramuru de Santa Rita Durão; Iracema de José de Alencar; Retrato do Brasil de Paulo Prado e Macunaíma de Mário de Andrade. Analisou-se tais obras na mesma ordem apresentada, primando-se pela organização cronológica de sua produção.
Pela análise geral pode-se observar que essa relação não é coincidente, diferindo-se de autor para autor.  O Anchieta descreve o índio como sendo pessoas transparentes,meigas, puras, curiosas, sem conhecimentos da escrita e rudes e por natureza selvagens valentes mas que esperavam por algo;  esperando  alguém que lhes indicassem caminhos  cativando-0s mas para isso era necessário estar de igual para igual, penetrar no mundo deles. Entender como eram os seus costumes, quais comportamentos e os interesses destas civilizações que preservavam a natureza, cultivavam a terra e tinham sua própria cultura e seus próprios meios de proteção, acreditando em um ser que estava junto da própria natureza e que fazia parte dos próprios rituais de cada uma de suas tribos.Os índios tinham interesses em aprender. Ficavam buscando e perguntando mais em todos os momentos que lhes era possíveis. O progresso chegava nestas civilizações como algo de muito admiração para eles que vinham do mato, do sertão, das suas tribos procurando compreender e sentiam-se atraídos pelas novidades apresentadas, mesmo sendo simples peça, pequenos objetos mas para eles era algo diferente e mágico.  ASSIM e o colonizador, vê no índio, um mais um modelo serviçal, que podia ser explorado pela  força para aumentar o ritmo do trabalho, da produção. E que pela ignorança, o desconhecimento,  substituída pelos novos costumes de acordo com as civilizações mais avançadas, o modelo europeu. Sendo populações consideradas atrasadas e precisando do avanço baseado na modernização essas pessoas, tribos, povos índigenas deveriam ser domesticados, servis ,obedecendo as regras estabelecidas pelos brancos e que para isso deveriam dominar ,executar e se necessário exterminar, pois o objetivo era ocupar os espaços e a cultura existentes desconsiderando qualquer experiência, conhecimento e cultura popular ali existente.  ASSADO,A relação que passou a existir entre os “ditos colonizadores” e a civilização indígenas foi de grande conflitos. Os índios não aceitavam perder suas identificações,serem escravizados ou entregar suas terras. Preservavam seus espaços, trabalhavam respeitando a natureza e tinham uma forma de produção baseado nos meios primitivos mas que não degradava a natureza. Era uma cultura baseada na subsistência das tribo e famílias.
Mas a nova   civilização, a cultura  que se formava, tornando tudo uma mera mercadoria, os conflitos portugueses e a cobiça destes junto dos franceses tornaram-se regulares. Os massacres também. Eram necessário dominar, trocar influencias e modernizar.
Oss padres Jesuita ANCHIETA juntamente com  NOBREGA convecidos de sua experiência  e inimigos da saques que os colonos estabeleciam contra os índios e não aceitando a escravidão do índio criaram uma  relação que se estabeleceu fazendo a defesa através de uma missão de paz que trouxe a alegria e foram instruindo essas pessoas, que tornaram referencia pelo seus jeitos de educadores através de amor e de justiça.
As aulas de catequeses tornaram-se as melhores atividades que esse povo poderia ter. Eram valorizados e convidados a trabalhar, aprender, dividir, polindo-os e tornando-os amigos, mais dóceis e adquirindo profissões para entrarem no mundo civilizado, fazer parte des ta nova mentalidade sem sofrerem tanto as novas transformações que estavam sendo projetadas.  Anchieta fez de sua vida uma verdadeira luta na missão de apostolo no Brasil e na divulgação da vida, dos costumes da civilização indígena existente.
Seus poemas magnirficos e seus escritos contribuíram  na parte literária dinamica, histórica e poética da relação, da religião, do cristianismo, da fé, do capital, da exploração, do domínio e da expansão colonial  da nação de ontem ao   progresso atual.
  relação entre eles apresentada seria ESSA. Já Durão descreve os mesmos, respectivamente, como X e Y, enquanto sua relação é apresentada como ASSIM; em Alencar o índio apresentado é ESSE e o colonizador ESSE OUTRO, tendo como relação ESSA, ao passo que em Prado o índio é descrito como lascivo e preguiçoso, embora o colonizador não seja apresentado com qualidades melhores, e a relação deles, de aproximação  cultura e relacionamento, teria como resultado a miscigenação. Por fim, embora Andrade descreva o índio de formas variadas em diferentes personagens, o protagonista é descrito como preguiçoso, e a relação com o colonizador é de afinidade.
Assim, ao analisar as obras citadas e a descrição apresentada tanto do índio como do colonizador, assim como sua relação, o presente estudo baseou-se em uma problemática: como explicar a diferença entre essas visões?
            Para melhor compreender essas visões e suas diferenças utilizou-se ferramentas teóricas, que permitiram fazer uma análise com base concreta. Deste modo, buscou-se passagens nas obras que ilustrassem determinado pensamento e, por fim, a relação deste com o contexto de produção da obra, em um triângulo metodológico que permeou este trabalho.

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