terça-feira, 21 de junho de 2011

MARCON, AFIRMA QUE A SITUAÇÃO DOS ÍNDIOS DE ILHÉUS E PAU BRASIL É UMA AFRONTA AOS DIREITOS HUMNOS...

 

Deputado Marcon afirma que a situação dos índios de Ilhéus e Pau Brasil é uma afronta aos direitos humanos


 

     Durante os dias 02 e 03 de junho, uma comitiva partiu de Brasília para o Sul da Bahia em diligência para verificar a denúncia de violação dos direitos humanos de duas etnias indígenas: Tupinambás de Olivença e Pataxós Hã Hã Hãe.
    A proposição partiu do deputado Marcon (PT-RS), que pediu junto à Comissão de Direitos Humanos a realização da diligência nos Pataxós Hã Hã Hãe, ao que o deputado Jean Wyllys acrescentou  que também as condições da etnia Tupinambá de Olivença fosse verificada.
    Aprovada pela Comissão de Direitos Humanos, formou-se uma comitiva com deputados federais, estaduais, membros da FUNAI, IBAMA, Procuradoria Geral da União, Defensoria Pública, CIMI e Secretaria dos Direitos Humanos a fim de averiguar  a situação e tentar evitar mais conflitos.
    Durante estes dois dias foram ouvidos 5 índios que estão presos em Ilhéus – um deles com uma perna amputada em decorrência de um tiro disparado por capatazes dos fazendeiros - no presídio estadual, lideranças e comunidade Tupinambá de Olivença e Pataxó Hã Hã Hãe, bem como o juiz Pedro Holliday, Justiça Federal de Ilhéus.
    A principal denúncia feita pelos indígenas corresponde a formação de milícias por fazendeiros com o apoio da própria polícia federal e militar. Os indígenas reclamam da perseguição às lideranças, prisões ilícitas e ameaças às comunidades, caso não cumpram os mandatos de reintegração de posse e outras exigências de grileiros e fazendeiros que invadem as terras indígenas.
    “A polícia chega destruindo tudo o que a gente tem, fazendo a gente correr para o mato se esconder com crianças às 2 horas da madrugada, destroem nossos cocares, nossas roupas típicas e lugares sagrados para a nossa tradição”, denuncia uma Tupinambá em depoimento emocionado.
    Já ao ser questionado, o juiz Pedro Holliday afirmou que todas as medidas tomadas até agora foram necessárias, e nega a autorização de retirada de indígenas da oca de madrugada, dizendo não ter poder sobre como e a que horas age a polícia. Ele também foi interrogado sobre as sete liminares emitidas que impedem a continuidade dos estudos pela FUNAI na área dos Tupinambás. A afirmação que veio de Hollyday é de que não revogará as liminares enquanto os indígenas não saírem das terras ocupadas, as quais já estão dentro dos limites em estudo pela FUNAI.
    Marcon falou emocionado em tom encorajador que “nenhuma luta é fácil, mas devemos somar forças para vencer os preconceitos todos que existem e acabar com essa violência que faz muitas vítimas todos os anos”, e acrescentou que “é muito importante denunciar e não ficar calado para fazer valer seus direitos”. O parlamentar gaúcho ainda se comprometeu em encontrar meios para analisar os processos dos presos para soltá-los, as questões que envolvem a demarcação das terras Tupinambás, e também a retomada de posse das terras Pataxós que estão nas mãos de grileiros.
    A diligência ocorreu nos municípios de Ilhéus, com os Tupinambás de Olivença, no dia 02, e em Pau Brasil, com os Pataxós Hã Hã Hãe, no dia 03 de junho.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Colabore com meu Blog, deixando aqui seus cometários.